Às vezes não compreendo o que se passa com o mundo evangélico. É bem capaz que as coisas estejam bem e eu é quem esteja vendo-as de modo diferente, será?Outro dia vi uma lista enorme de obreiros tidos como "batistas", até então como pastores, agora sendo denominados "Apóstolos", pode? Acho que estou ficando defasado, ultrapassado, não concebo isso, não vejo necessidade para isso.
Dizem que por falta de consciência da atuação divina, os homens desorientados começam a querer destacar no cenário - vai ver que é isso - o mundo perdeu a consciência da atuação divina no cenário universal, grifo proposital. O que dizer daquele obreiro que quis levantar grana na TV em sociedade com outro obreiro norte americano, aderente à denominada "teologia da prosperidade", usando o slogan "Um milhão de almas"? Veja: "... iniciou na semana passada um ambiciosíssimo projeto de arrecadar R$ 1 bilhão junto a "1 milhão de almas". O objetivo, segundo este pastor, é colocar no ar um canal com programação religiosa em 137 países. O dinheiro seria usado para gerar conteúdo e legendá-lo em várias línguas. O contrato, afirma, tem duração de seis meses. Quem quiser fazer parte do "Clube de 1 Milhão de Almas" tem de doar R$ 1 mil, que podem ser dados à vista ou parcelados. O clube pode ser acessado pela internet, e traz o aviso: "Você que enviar sua semente voluntária de R$ 1.000 (mil reais) para o "Clube 1 Milhão de Almas" receberá o livro "1001 Chaves de Sabedoria", de um escritor norte americano, e um lindo certificado do clube".
Mas, ao invés de deixar Deus trabalhar, ser Deus, muitos querem ser vice-Deus e quebram a cara diante da atuação divina. Encaro que as pessoas, ao invés de pensarem em si mesmas, precisam pensar em Deus e deixá-lo trabalhar. Até mais, neidyr.
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