terça-feira, 6 de janeiro de 2009

PREOCUPAÇÕES MINISTERIAIS

Tenho aprendido pela experiência de vinte e poucos anos de ministério, dos quais, vinte anos de ordenação pastoral, que é preciso muito esforço para saber distinguir se faz parte ou não da visão da igreja - aquele plano que todo pastor tem em mente ao assumir um ministério - onde a própria experiência revela que é sempre viável que a idéia parta do povo, mesmo que o líder já tenha idéia similar, senão há poucas chances de funcionar.
Torna-se necessário entender que existe, por incrível que pareça, muita gente invejosa até mesmo dentro das nossas próprias igrejas, pois se a idéia partir do líder, ou mesmo do pastor, há quem não abraçe, mesmo sabendo que pode constituir a saída para a igreja e, quando pode, faz até campanha, a fim de não dar certo. Fala sério!!!
Quando a idéia destina-se ao crescimento, seja espiritual ou mesmo na membresia, usando métodos vários, tipo: Grupos Pequenos, Pequenos Grupos, Grupos Familiares, Grupos Caseiros, Células ou como convencionalmente intitulamos: (NEBs) Núcleo de Estudos Bíblicos, só para usarmos nomes já rotulados - mas, dá no mesmo, depende do contexto em que vivencia a igreja - a confusão ainda é maior, pois todos sabem que alguma coisa precisa ser feita, mas, de quem deve partir a idéia? - ou melhor, quem será o pai da criança? - eis o grande dilema!
Desde uma igreja pequena, com uma membresia formada por pessoas geralmente mais simples, mas, batalhadora, até uma igreja média ou grande, normalmente, formada por uma membresia mais complexa, com universitários, mestres, doutores e até pós-doutores, com muitos tecnólogos, há que haver um líder ministerial que enxergue essa necessidade e aproveite ou reaproveite esse contexto para montar um PLANO DE AÇÃO MINISTERIAL, a fim de planejar a Curto, Médio e a Longo prazo, assim, a igreja crescerá equilibradamente.
Mas, para variar, o problema ainda consiste, infelizmente, de onde parte essa idéia, por isso que precisamos urgentemente de uma busca aos princípios da Palavra de Deus, a fim de haver um derramar de humildade em meio às nossas igrejas, lideranças, a fim de, humíldes, darem atenção a quem tem idéias para o crescimento da igreja, pois, o mais importante não é só a idéia, mas, o desenvolvimento dela, a isso deve-se o empenho de todos, pois, já dizia C.S. Lewis, grande pensador do século passado: "O crescimento da igreja depende em muito do empenho conjunto de seus membros".
Portanto, eia, irmãos! Coloquemos a mão na massa, VAMOS NÓS TRABALHAR, como diz o nosso já esquecido por boa parte dos batistas, o hinário Cantor Cristão no belo hino de número 422, a fim de fazer Cristo conhecido também pelo crescimento da igreja local.
Há uma necessidade enorme de pastores e líderes que enxerguem isso, a fim de reunir a membresia, a liderança, de modo a traçar algo, aproveitando o potencial existente na membresia, começando por definir o Perfil da igreja, tornando claro o que seja VISÃO (O que explica: Por quê existe?), MISSÃO (Para quê existe?) e VALORES OU PROPÓSITOS (Como fazer?).
A bem da verdade, na minha opinião, feito isto, o melhor é utilizar, em princípio, o conhecido método REDE MINISTERIAL, método que procura direcionar as (Pessoas certas, nos lugares certos, por razões certas), ajudando a descobrir a Paixão, Dons Espirituais e Estilo Pessoal, assim, a igreja terá tudo para crescer, na dependência de Deus, claro, sempre Edificando os irmãos e Glorificando a Deus, propostas de Rede Ministerial.
Eis o o meu grande sonho! Pastorear uma igreja onde possa tornar isso possível. Tenho observado que igrejas convencionais, pequenas, situadas em pequenas cidades ou em lugares periféricos de uma cidade, até dá para implantar, mas, gasta-se muito tempo explicando, explicando, explicando, isto é, quando se consegue algo, ou já desgastamos, cansados, deprimidos, a ponto de sairmos, deixando o trabalho em processo, torcendo que outro obreiro possa aproveitar daquilo que empenhamos ou mesmo perdemos a graça, de tanto ter que confrontar alguns líderes especialistas em desafiar a liderança pastoral, possuindo mentes reacionárias; é como contar piadas para quem não acha graça, não ganhamos nada com isso, ou quase nada, a não ser uma dor de cabeça ou uma úlcera, vesícula ou outra doença, estritamente ligada ao emocional; na maioria das vezes só colhemos descontentamento e frustração.
Aqui no oeste do Paraná, desde que cheguei, comecei a implantar essa Visão, Missão e Propósitos, por onde passei, anos depois da minha saída, constato por meio de testemunhos que o que plantei, em determinada igreja, está dando resultados, mas, a duras provas, em outra, felizmente, o pessoal pegou mais rápido, sinto gratidão, por parte de quem entendeu, sempre que tenho oportunidade de vê-los - é bom observar aquilo que pensamos traduzidos em atos.
Atualmente, sei, dará resultados, mas, depois da minha partida, creio, bem depois. Trata-se de uma obra com certa complicação histórica, onde encontrei grupos bem definidos, com um histórico de divisões traumáticas; sempre uso a metáfora do tumor mal tratado, onde é espremido, deixando, entretanto, o carnegão, resultado, forma-se outro, assim considero que esse comportamento tendencioso e danoso para a obra foi tratado, pelos meus antecessores, mas, agora compreendo a razão. No momento, contudo, o pessoal que ficou é melhor de liderar, mas, constitui um grupo reduzido, em razão de termos perdido muita gente, parte com o trabalhar da nova visão, parte com o arrocho realidado pela Receita Federal, e, por ser Região de Fronteira, sofremos com um certo êxodo, onde muitos foram embora, em busca de trabalho, perdemos alguns, em virtude desse êxodo.
É, mas, numa igreja onde temos uma liderança que atenda aos desafios de seu pastor, posso garantir que o pastor terá muita chance de plantar, regar e colher, desde que faça um PLANO DE AÇÃO, juntamente com as mentes que encontra, assim, os resultados virão mais rápido, o povo ajudará no processo.
Há uma outra preocupação que passa em minha mente, diz respeito ao contexto atual nas igrejas, é que há pastores que seriam bênção em igrejas pequenas, com membresia formada com pessoas mais simples, mas, estão pastoreando igrejas médias e grandes, onde há maior complicação, formada por uma membresia mais complexa; por outro lado, há pastores que seriam bênção em igrejas médias e grandes, devido a sua visão avançada, mas, por conta do complicado SISTEMA que trato nesse Blog, vide o artigo À CONTRAMÃO DOS PRNCÍPIOS, estão sofrendo em igrejas pequenas com recursos limitados. Não vejo, nesse sentido, nenhuma inferioridade ou superioridade, mas, uma questão de encaixar no perfil, ou seja, "obreiro certo, no lugar certo, por razões certas".
Há igrejas que nunca serão grandes em membresia, mas, o serão em qualidade, há aquelas que serão grandes em membresia, mas, pequenas em qualidade, assim como há igrejas que podem ser grande em membresia e também em qualidade... é o que penso. Você terá todo o direito de discordar, e eu terei sempre a obrigação de preservar o seu direito. Mas, falo isso nos altos de vinte anos de ordenação pastoral, sentindo as necessidades do povo. Coloquei esse assunto no Blog, não para humilhar ou delatar a quem quer que seja, mas, para abençoar alguém ou como nada, criar discussão em torno desse assunto. Um abraço, Neidivaldo Dias da Silva, pastor atual da IBMorumbi-Foz do Iguaçu-PR.

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