quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

À CONTRAMÃO DOS PRINCÍPIOS

Há épocas a Denominação Batista tem ostentado as Práticas e os Princípios Batistas de modo perfeitamente peculiar, haja vista os grandes batistas do passado, de influência calvinista com “C” maiúsculo como dizia C. S. Spurgeon, considerado com muita justiça, “O Príncipe dos Pregadores”. Porém, ultimamente, tenho visto que alguns setores denominacionais precisam ser reinventados e, para isso, precisam ser desmontados – há um sistema – o que não dignifica em nada a história dos Batistas, uma vez que a Democracia sempre foi o nosso sistema peculiar e a Liberdade de Consciência nosso triunfo, por séculos, diga-se de passagem: grande diferencial Batista há séculos, mas, perdido ultimamente, quadro que encontramos. O que vemos hoje? Quantos líderes iminentes e respeitados temos hoje, a fim de servir de referência para a nova geração? Poucos, claro. Quando vejo alguns desses poucos grandes líderes, alguns dos quais já com suas cãs, excepcionalmente nos retiros de ordens, fico a imaginar o nosso futuro denominacional, não temos grande expectativa de vultos semelhantes, a menos que demos uma guinada a tempo – olhe, não reclamo de falta de líderes, líderes até temos aos montões, habilidosos, carismáticos, administradores, diga-se de passagem, mas, tenho visto uma crise pior, a crise de caráter, desvios de caráter no meio da nossa liderança, isso, de fato, me preocupa, não somente a mim, mas, a qualquer crente com um pouco de bom senso, principalmente ao crente Batista, com “B” maiúsculo. À propósito, sou crente Batista há trinta anos, creio que nunca tivemos uma crise similar em nossa história, nem no famoso período da auto crítica.
Ah, mas, o que dizer das nossas igrejas? Algumas igrejas, em conseqüência disso precisam passar por um desmonte a fim de serem montadas, talvez reinventadas, de modo digno do Evangelho, segundo preceitua Paulo no Novo Testamento, o que fariam pastores Batistas com um pouco de bom senso e coragem. Não podemos viver de Campanhas, a esperança está em Jesus, todos sabemos, mas, com muito respeito ao nosso maior pregador, do século, como diriam alguns, mas, foi o maior responsável pelo quadro que se demonstra ultimamente, trouxe à vida o Arminianismo, doutrina não Batista, diga-se de passagem, infectou todo o sistema denominacional com um evangelho instantâneo, coisa própria da cultura norte americana, pragmática, causando um evangelismo de resultados que não resulta em grande coisa para o Reino de Deus, antes, causa um desserviço ao Reino de Cristo que é eterno.
A cura para tudo isso, creio, seria o retorno imediato aos bons Princípios e Práticas Batistas, refiro àqueles originais, não ao descaracterizado e atualmente em desuso, infrutífero que temos dado a conhecer os jovens líderes Batistas de nossa época, onde vergonhosamente sobressaem os sestros anteriormente citados.

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